Talles Lopes
       
Talles Lopes
Archive      Text
Bio             CV
       
A  Marcha
The March
Série.
Técnica mista.
2018 - 2022
Series.
Mixed media.
2018 - 2022

Mapa Estriado. 2020. Acrílica sobre papel. 160 x 83 cm.
Striated Map. 2020. Acrylic on paper. 62,9 x 32,6 in.
Sem Título. 2018. Guache e nanquim sobre papel. 125 x 115 cm.
Untitled. 2018. Gouache and ink on paper. 49,2 x 45,2 in.

Sem Título. 2018. Guache e nanquim sobre papel. 125 x 115 cm.
Untitled. 2018. Gouache and ink on paper. 49,2 x 45,2 in.
Sem título. Acríliac sobre papel. 2017.
Untitled. Acríliac sobre papel. 2017.
A  Marcha. Mapa Estriado. 2020. Acrílica sobre papel. 160 x 83 cm.
The March. Striated Map. 2020. Acrylic on paper. 62,9 x 32,6 in.


A série “A marcha” iniciada em 2018 antecipa e dialoga com questões desenvolvidas em séries como “Atlas do Brasil” (2023), além de obras como “Subdesenvolvimento Linear” (2021) e “Zona de conflito” (2022). Tal conjunto de pinturas explora a relação possível entre os mapas coloniais da América portuguesa, em que parte dos territórios costumava ser representada de maneira impressiva e com figuras mitológicas para compensar a falta de referências geográficas, com os mapas modernos em que a precisão técnica foi exaustivamente explorada para detalhar esses territórios.

As obras da série “A marcha” lançam luz a hipótese de que, apesar do tecníssimo e da perspectiva positivista, as representações modernas do Brasil (América portuguesa) reiteram mitologias coloniais de percepção do território. A convergência entre o colonial e o moderno fica evidente na dicotomia entre o litoral como representação do ocidente, e o interior do continente como um espaço selvagem, representado de maneira mítica no período colonial e como “vazio” no século XX.

Assim, tal conjunto de trabalhos propõe uma postura evidentemente marcada pela licença poética e criativa sobre os elementos gráficos tecnicista da cartografia moderna. Estabelecendo um contraponto aos mapas oficias, responsáveis por domesticar a representação espacial, ao propor cartografias indisciplinares.

The series “The March" (A Marcha), which began in 2018, anticipates and dialogues with issues developed in series such as “Atlas of Brazil” (2023), as well as works such as “Linear Underdevelopment” (2021) and “Conflict Zone” (2022). This set of paintings explores the possible relationship between colonial maps of Portuguese America, in which part of the territories used to be represented imprecisely and with mythological figures to compensate for the lack of geographical references, and modern maps in which technical precision was exhaustively explored to detail these territories.

The works in the series “The March” shed light on the hypothesis that, despite their technicality and positivist perspective, modern representations of Brazil (Portuguese America) reiterate colonial mythologies of perception of the territory. The convergence between the colonial and the modern is evident in the dichotomy between the coast as a representation of the West and the interior of the continent as a wild space, represented mythically in the colonial period and as “empty” in the 20th century.

Thus, this set of works proposes a stance clearly marked by poetic and creative license over the technical graphic elements of modern cartography. It establishes a counterpoint to official maps, responsible for domesticating spatial representation, by proposing undisciplined cartographies.


 30o MAJ. SESC Ribeirão Preto. 2019. 
 30o MAJ. SESC Ribeirão Preto. 2019.
Panorama de Arte Contemporânea de Goiás. Galeria Antônio Sibasolly. 2024.
Excedente Monumental. Museu de Artes Plásticas de Anápolis (MAPA). 2021.
Excedente Monumental. Museu de Artes Plásticas de Anápolis (MAPA). 2021.
Conversas: Resistência e convergência. MAC GO. 2022.