Talles Lopes
       
Talles Lopes
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Clube Belavistense
Bela Vista Club
Acrílica sobre tecido. 272 x 488 cm.
2021.
Acrylic on canvas. 107 x 192 in.
2021.

Photo: Paulo Rezende.


Apesar da expansão urbana no Brasil gerada pela fundação de Brasília (1960), a maior circulação de arquitetos fora das metrópoles começou somente após a década de 1970. Logo, muitos dos espaços construídos sob a influência modernizadora de Brasília foram pensados por não-arquitetos, trabalhadores ou os próprios habitantes, autores uma versão não-oficial “estilo moderno” da capital.

Essas cidades novas também raramente contavam com instituições de arte, assim, o ofício pictórico muitas vezes foi motivado por atividades laborais como a realização de letreiros e cartazes. No geral, práticas relacionadas à ideia de cópia ou reprodução de imagens pré-existentes, mas diretamente baseadas em modos particulares e locais de execução.

A presente série propõe a colaboração com pintores e letristas autodidatas no interior do Brasil, comissionando a representação suntuosa dessas edificações pensadas por não-arquitetos que se apropriaram dos cânones modernos no Brasil. Investigando assim um ponto comum entre essas pinturas e arquiteturas, um princípio de apropriação, reinvenção e possível subversão de signos de modernidade a partir da periferia do capitalismo.
Despite the urban expansion in Brazil generated by the foundation of Brasilia (1960), the greatest circulation of architects outside the metropolis only began after the 1970s. As a result, many of the spaces built under the modernizing influence of Brasilia were designed by non-architects, workers or the inhabitants themselves, authors of an unofficial “modern style” version of the capital.

These new cities also rarely had art institutions, so pictorial practice was often motivated by labor activities such as making signs and posters for local businesses. In general, practices related to the idea of copying or reproducing pre-existing images, but directly based on particular and local modes of execution.

This series proposes collaboration with selftaught painters and lyricists in the interior of Brazil, commissioning the sumptuous representation of these buildings designed by non-architects who appropriated the modern canons in Brazil. Thus investigating a common point between these paintings and architectures, a principle of appropriation, reinvention and possible subversion of signs of modernity from the periphery of capitalism.


Expo individual Excedente Monumental. Museu de Artes Plásticas de Anápolis. 2021. 
Solo show "Excedente Monumental". Museum of Visual Arts of Anápolis. 2021.
Abrir Horizontes. Centro Cultural Octo Marques. Goiânia.
Abrir Horizontes. Centro Cultural Octo Marques. Goiânia.
Abrir Horizontes. Centro Cultural Octo Marques. Goiânia.
Expo individual Excedente Monumental. Museu de Artes Plásticas de Anápolis. 2021. 
Solo show "Excedente Monumental". Museum of Visual Arts of Anápolis. 2021.
Expo individual Excedente Monumental. Museu de Artes Plásticas de Anápolis. 2021. 
Solo show "Excedente Monumental". Museum of Visual Arts of Anápolis. 2021.